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domingo, 21 de julho de 2013

Questão de Ponto de Vista?

"A Arma do Ponto de Vista é uma arma bastante incomum – em outras palavras, quando você atira em alguém, a pessoa instantaneamente passa a ver as coisas a partir do seu ponto de vista. Ela foi inventada por um grupo de donas-de-casa
que estavam absolutamente cheias de terminar todas as discussões domésticas com as palavras: “Você não entende, não é?” A arma foi imediatamente encomendada por agências de marketing, governos e religiosos, mas foi condenada por ser perigosa demais caso caísse em mãos erradas e, por isso, foi guardada num local secreto para impedir que fosse usada novamente."

Dando continuidade:
Na noite de terça eu, como sempre, ligo para falar com a Sofia. Não que existam assuntos que justifiquem as ligações a cada dois dias, mas como no passado a situação de convivência comigo era bem diferente e esta ação foi uma que sua mãe não impediu, apesar de alguns poucos períodos de aparente sabotagem, mantive a rotina. Metade dos dias eu falo por 1 minuto com a Sofia. O dias que ela não está comigo, é claro:
"...
- Linguicinha, deixe eu falar com a tua mãe agora.
- Mãe, o pai quer falar contigo agora.
- Oi.
- Boa noite Neidimar.
- Boa noite Cosme.
- Eu teria uma certa urgência em conversarmos. Podemos nos encontrar amanhã, na aula de música da Sofia?
- Sim, podemos. É algo sério?
- Sim, mas são notícias boas. Chegarei as 8:30 e conversaremos, ok.?
- Ok."

Bom, sejamos honestos..Não foi uma conversa boa.
Em algum momento ela queria ser convencida e eu queria apenas colocá-la a par dos fatos:, dos dois fatos.
Lá pelas tantas o foco deixou de ser a mudança, ou a Sofia e passou a ser me atacar. Interrompi a conversa e parti.
Gosto amargo na boca e sabendo que a mãe da Sofia não estava muito melhor que eu. Um dos raros momentos em que estivemos em pé de igualdade.

Mandamos um proposta por e-mail para o pai do Enzo e para a Mãe da Sofia.
Muitas informações sobre a cidade, a moradia, a escola, a vida.
Férias no Brasil. Casa aberta para recebê-los quando desejasse e seus parentes. Skype e/ou google hangout toda noite.

O pai do Enzo aceito. Fez algumas exigências e fechamos.
Dois dias depois ela entrou em contato propondo uma nova conversa. Isto nunca aconteceu antes. Ela procurar o diálogo? Isto sim é uma ruptura.
Marcamos no sábado, mas ela desmarcou no dia. Ok, é uma melhoria. Não tão grande assim, mas um progresso.
Passei uma semana fora, num congresso em Porto Alegre.
Na quarta recebo uma ligação do centro de mediação. A mãe procurou o centro de mediação e um profissional me tentava acertar um encontro. Aceitei antes dele termina de falar, na 1° data que ele ofereceu sem negociar o horário.

A mãe da sofia também ligou para Carla....
Uma conversa estranha e perigosa.
Uma mulher que ofereceu a Guarda Compartilhada com a que consistentemente dificultou a filha de ter um pai.
Entre a "experiência deste período será importante para toda a vida das cri aças"e "o fundamental é a criança ter a mãe por perto" não sugiram conflitos, apesar do desconforto contínuo.

Mediação para quem tem fome
Lá vamos nós, numa completamente diferente.
Nunca a mãe da Sofia tinha proposta dialogar em público com terceiros. Tal singularidade de enchia de esperança, mesmo eu já tendo explorado aqui a natureza ambígua da esperança.

A marcação foi em tempo record, comparado com a primeira experiência.
Chagando lá encontramos a equipe completa:
Duas mediadoras e uma observador.
Uma das mediadora já era nossa conhecida, a Terezina.
Conversamos por duas horas e meia.
Iniciamos com:

  • O melhor para a Sofia é ficar junto a mãe.
  • O melhor para a Sofia será a experiência temporária de ser educada no exterior

Passamos por:

  • Não existe possibilidade dela ir para o exterior
  • Não tenho o direito de não recorrer até onde for possível pelo que julgo ser o melhor para a Sofia.

Lá pelas tantas as duas mediadoras se distraem e concordam abertamente sobre um ponto:
"Os ganhos para uma criança de um período de estudo no exterior são inegáveis"
Tive dificuldade em acreditar no que ouvia. Mantenho a palavra distração. Elas apenas foram sinceras, falaram como pessoas de classe média que lutam com um futuro melhor também para seus filhos. Sei que, pensando no método de mediação, ambas erraram, mas não as culpo. A conversa já tinha cruzado a linha do bom senso diversas vezes. :-)

Terminamos com duas propostas sobre a mesa, para a mãe da Sofia considerar:

  1. Sofia viaja em julho e a mãe nos visita em dezembro.
  2. Sofia viaja em janeiro e a mãe nos visita em julho de 2014
Destaquei minha preocupação em separar as crianças.
O Enzo:
  • protege,
  • ataca,
  • elogia e 
  • critica
a Sofia.
Entendo isto como uma processo normal dentro duma relação entre irmãos, mas não gostaria de criar um momento onde sua superioridade no uso do idioma e da adaptação ao novo lar fizesse sombra na Sofia.
Expliquei e, aparentemente, fui compreendido.

Ficou comigo a remoção do último obstáculo apresentado:
  • Entender como opera inserção/reinserção da criança nos processos educacionais americanos e brasileiros com duas mudanças em 3 anos.
Próximo encontro na próxima quarta as 16 horas.

Bem, eu já sei o desfecho enquanto escrevo isto, ele estará no próximo post:

sábado, 13 de julho de 2013

Transilvânia não, Pensilvânia.

"A Pensilvânia /ˌpɛnsɪlˈvnjə/ (em inglêsPennsylvania) é um dos 50 estados dos Estados Unidos, localizado na Região Centro-Atlântico do país. Seu nome oficial éCommonwealth of Pennsylvania (Comunidade da Pensilvânia). O estado, cuja capital é Harrisburg, deu origem ao nome do período geológico Pennsylvaniano.
A Pensilvânia é um dos estados mais industrializados e urbanizados dos Estados Unidos, tendo sido um dos berços da Revolução Industrial no país, que se iniciou em meados do século XIX. A Pensilvânia é uma grande produtora de produtos alimentícios industrializados, e de produtos químicos e eletrônicos em geral. O estado é o único fornecedor deantracito dos Estados Unidos, um tipo de carvão de altíssima qualidade. Além disso, o estado é o maior produtor de carvão betuminoso do país." Fonte: Wikipedia

A vida é aquilo que acontece enquanto você faz planos. É verdade.
Levava eu minha cotidiana vida pacata:
  1. Nas crises dos 40.
    • Muitas, diversas, simultâneas e interdependentes
  2. Angustiado com a educação da minha filha
    • como fazer o meu melhor e como gerenciar sua mãe? Lembra da mãe da Sofia?
  3. Em atrito com a minha esposa.
    • Sim, relacionamentos dão trabalho. Mulher dá trabalho.
  4. Tenso com o meu enteado.
    • Ele é um doce, mas não posso me dar ao luxo de ter problemas com ele e como fazer isto participando de sua educação?
  5. Demolido com parte parte do meu ambiente de trabalho.
    • Não funcionou. Não sou muito amado em alguns espaços.
  6. Esperançoso e muito ocupado com outra parte do meu ambiente de trabalho.
    • Muito feliz com a equipe, com o trabalho e com o tutor que surgiu.
    • O bom tutor tem tua confiança e briga contigo.
  7. Lutando com o tutor e equipe para que adotemos a minha visão de Governança Civil Municipal
    • para que tudo mais seja melhor para a Sofia.
  8. Abrindo novas inciativas com velhos amigos e novos sócios,
    • Amigo é aquele que consegue te impactar de forma que o inimigo não consegue, pois você não o deixa chegar muito perto. :-)
  9. Tocando oportunidades que dão prejuízo com um grande amigo/sócio
    • Inciativas nem sempre funcionam, Empreender é um risco.
  10. Esperançoso, ainda, com uma iniciativa de TI com outros amigos
    • Aqui inverteu, eu é que sou o amigo. :-)
  11. Ausente numa iniciativa de grande amigo/parceiro
    • Que eu não consegui contribuir à altura do que ele mereceria
  12. Equilibrando trabalho, congressos, papers, necessidade do doutorado e reuniões sobre políticas governamentais....
    • Este item tem um nº enorme de pequenos projetos e iniciativas

Com estas coisinhas acontecendo, e entenda a lista acima como um super-resumo, recebo uma ligação numa terça, pela manhã:
"- Cosme?
- Fale, coisa linda.
- Saiu!!!
- Não estresse, se saiu volta. Seja como for deve seguir a regra geral dos homens. Eles sempre voltam.
- Não, Cosme. É sério. Saiu o meu doutorado.
- Hã?
- Saiu, consegui a vaga e o trabalho vai pagar tudo.
- Hã?
- Estou tão feliz e ansiosa. São 4 anos nisto, 4 derrotas. Já não aguentava mais, né. Já vieram até aqui me cumprimentar. Tudo ainda pode dar errado, mas agora vai mesmo, eu acho.
- Hã?
- Tem um milhão de coisas para ver, a casa, os passaportes, os vistos, as crianças. Tenho que falar com o pai do meu filho, mas vai da tudo bem né?
- Bem?
- Ih, você terá que ter muito jeito com a mãe da Sofia. Como abordarás isto? Ih, tenho que ir. Estão me chamando.
- Espere, quando começa?
- O que?
- Tuas aulas. Onde e quando começam?
- Pensilvânia, no final de agosto. Tenho que ir, depois falamos. Beijos.
- Beijos...
- tu, tu, tu, tu...."

Bom, é bomba mesmo.
Primeira ação, classificação do evento: Fato ou problema?
"Problema é oque se resolve, fato oque se aceita"
  • Minha mulher mudará para o exterior - Fato

Posso não ir? Hum..
"Vai que é tua, querida"
Hum...Não.
Sei que ela tenta isto a anos. Não é o meu projeto, mas não posso. Perdi esta autonomia. Existe um nome para isto: Casamento. Novo fato:
  • Vou junto.

Bom, virou fato, aplica-se a segunda regra:
"Minimize as perdas e maximize os ganhos"
Vou me divertir.

Como ajustar as velas com a mudança do vento?
Agora sim, a lista de problemas explode. Mas em especial, alinhado com objetivo deste espaço, a mãe da Sofia.
"Senhor, criador do universo, dai-me forças, guiai os meus passos para que eu seja o instrumento da vossa vontade"
Eu adulando o criador
Como abordar isto com a mãe da Sofia? Bem, quem é esta pessoa?
Não sei, não a conheço.. Apesar de termos um bom tempo de passado comum, eu descobri que não a conheço.
Seria fácil colocar na conta dela esta situação. Eu, por padrão de comportamento, prefiro sempre e em qualquer circunstância, trazer para a minha conta. Eu sou sempre o responsável.
Lamentavelmente uma resposta simples não será possível. Terei que dividir esta conta com ela. Eu não a conheço por limitações minhas e por características dela.
Como abordar a mulher que...Bom, passeie pelos outros posts, este já está grande demais.
Como abordar sobre a filha passar de 3 a 4 anos no exterior.
Ora, isto é fácil. Como todos sabemos, os pais sempre buscam o que é melhor para seus filhos. Faremos alguns ajustes e não teremos maiores dificuldades.
Espere, se a premissa "fazemos o que é o melhor para a crianças" fosse sempre verdade....este espaço nem existiria. 
Escrevo esta enquanto aguardo um amigo e sócio, um da lista inicial. O nº 9.
Devo informar a ele que, bem..., no melhor dos casos, nossa sociedade está inviável.
Devemos dividir o prejuízo, parcelar com o banco e continuarmos amigos. Existe também uma lista longa de enormes detalhes...
A notícia boa é que ele tem uma referência no exterior e que se quiser fazer uma curso de imersão lá, o custo para ele cai bem. :-)

Em breve, mais momentos tensos.