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sábado, 12 de março de 2011

Limites Sem Trauma - Resenha

Ganhei de uma amiga um livro:
"Limites Sem Trauma - Construindo Cidadãos"
Tania Zaguri

Tenho ocilado entre ler compulsivamente e entre fazer uma dieta dos capítulos. Tento não ler mais que um de cada vez.
Pouca coisa é realmente novidade, se é que eu conseguiria citar alguma, mas o óbvio deve ser repetido de tempos em tempos. Cria oportunidades de novos olhares sobre temas que julgamos envelhecidos.

Por pontos:
Pavlov deita e rola.
Premiar o acerto antes, punir o erro no ato.
Para obter resultados muito bons antes é necessária a criação de um ambiente de estímulos aos comportamentos desejados. Demonstrações de afeto e apreço devem ser equilibradas, porém frequentes. No erro as consequências devem ser expostas e as posições não deve ser flexibilizadas como regra. Agiu certo? Certeza de reconhecimento. Errado? Convicção das consequencias.
Repetir, repetir, repetir... A curva de aprendizado mais parecer uma reta. :-)
Não existe limite para a sustentação do processo de educar a criança. Paciência é o mantra.
Esboça técnicas distintas para se lidar com as crianças em diferentes faixa etárias.
Esta parte vale ouro. Qualquer um pode começar a ler por aqui mesmo.
Apresenta Maslow
Ajuda na diferenciação entre necessidades e desejos, longe da "fórmula normal":  "Necessidade é o que o meu filho pede, desejo é o capricho exigido pelo filho mimado do vizinho". :-)
Muito elucidativo também na responsabilidade dos pais por dentro
Não dá para se educar bem uma criança sendo um adulto ruim.  Eu realmente não estava preparado para esta exigência de aprimoramento como ser humano, sendo imposta desta forma e com esta urgência.
Punição é punição
Mas não é necessária a violência. Para a punição ter um efeito forte o importante é criar uma grande distância da normalidade. Se sua normalidade é ruim, ou seja, a criança nunca é premiada, a única forma de criar esta distancia é carregar na punição. Se existe um ambiente de estímulo, valorização e motivação, uma cara triste já é capaz de surtir um efeito que nem um espancamento traria.Conversando com outras pessoas notei que certos filhos são gerenciados apenas pelo "olhar dos pais". Descobri que é isto que eu procuro.

E finalmente, o mais importante:

O livro flui de forma agradável. Agradavelmente ele te educa.

Minha mulher notou que, na verdade, a autora conduz os pais no processo de aprendizagem. O livro foi feito não para dar dicas sobre a educação dos filhos, mas para educar os pais.
Reli algumas passagens usando esta ótica e.... adorei.
Em especial onde está o ataque à tradicional punição física.

Em linhas gerais, leia mesmo que você não tenha filhos. Servirá de guia para lidar com seu chefe, subordinados, familiares e amigos. :-)

Realmente, eu precisava mesmo ser educado. Ops, ainda preciso.
E tudo indica que por apenas algumas décadas...

Consideração final:
Recomendo com empenho.

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