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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O Natal e o Natal com a Sofia

Passeamos para fazer as compras de última hora. Pacote completo, 6 pessoas: Eu, Carla, Sofia, Enzo, sogrão e sua mulher.

A Carla recusou seu presente, quer juntar o dinheiro para o passeio à Disney.
Inevitavelmente as minhas velhas cicatrizes marxistas doem com esta possibilidade, mas lembro que agora sou um coroa de centro e sorrio.
Afinal, eu perdi na última plenária e, devo sustentar o Centralismo Democrático. :-)
Incomoda-me bastante mantermos ainda a figura do Papai Noel, entretanto foi muito legal ver a preocupação do Enzo em não revelar a verdade para a Sofia.
Estamos num hotel. Após a ceia o Papai Noel chegou, falou com as crianças e distribuiu a pilha de presentes sob a árvore.
Os pequenos estavam em êxtase, os adolescentes incomodados e os adultos abraçavam o velhinho com bastante alegria.
A Sofia está na gestação para ser uma mocinha. Ela comemorou muito umas roupas que recebeu, tanto quanto as bonecas.
O Enzo engata na pre-adolescência, com o pouco vigor da transição.
Como pode ser prazeroso observar as crianças, não é mesmo?

Com o relógio alcançando uma da manhã, eu levei as crianças para cama.
Nenhuma ligação da mãe da Sofia. E agora?

A Oi fez o favor de descadastrar o meu cel.
Não sou capaz de avaliar a qualidade técnica dos serviços dela, apesar de não ter uma percepção boa, mas o atendimento...
Este sim, se destaca pela eficiência. Destaca-se negativamente. Muito negativamente.

Sem o meu cel funcionando, e mesmo ela tendo outros dois números para me ligar, eu liguei para ela e passei telefone para o Sofia.
A Sofia ficou feliz, contava sobre a noite com o bom velhinho e ria.

Isto não precisava ser assim....

Mas isto é outro post.
Aqui a sofia riu, brincou, emocionou-se.
Brincou e foi protegida pelo Enzo.
Correu pelo hotel com as outras crianças.
Pediu ajuda à "vó Maria" e aproximou-se ainda mais da Carla.
A Carla, que anda recebendo conselhos de maquiagem da Sofia, se diverte.

Feliz Natal, para pais, mães e crianças.
Para todos nós.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O Exercício da Guarda Compartilhada e a Sofia Rindo

Engano:
s.m. Ato ou efeito de enganar (-se).
Falta de acerto; erro, desacerto.
Fonte: http://www.dicio.com.br/engano/

Começamos a vivenciar a Guarda Compartilhada...
Na verdade, recomeçamos.

Após a separação, o fim da relação conjugal, tudo seguia na nova normalidade.
Em um mês a Sofia já dormia na minha nova residência.
Em cinco meses já passava a metade do tempo comigo. Nesta época ela tinha 2 anos.
Deste momento em diante a mãe da Sofia chamou para sim uma preocupação com o bem estar dela e atacou a minha relação parental.
Muita coisa aconteceu...
Completando agora 4 anos de crise, estamos retornando ao normal.
Após ela perder no TJ e a Sofia receber o privilégio da guarda compartilhada, obtivemos sua concordância, negada nos últimos anos, em dialogar.

O primeiro ponto de retorno à normalidade foi a isonomia da convivência.
A Sofia voltaria a conviver tempos iguais com os pais.
Sim demoramos 3 anos e meio para restaurar algo óbvio.
Um situação de absurdo desconforto e inegável arbitrariedade, mas passou.

A Sofia já passava, ganho no tribunal, 1/3 do tempo dela comigo. Agora voltava aos 50%.
Traduzia-se a apenas na segunda-feira. Foi o dia que ela saiu da convivência da mãe e veio para a minha.

Observando os números eu fui capaz de estimar que a mudança não deveria ser percebida pela Sofia, apesar de ser formalmente comunicada por ambos os pais.

Errei.

A Sofia ficou mais carinhosa.
Aproximou-se mais de mim no primeiro dia.
Exigiu a minha presença para assistir desenhos na TV e dormiu no meu colo durante o processo.
Assisti ela explicando a mudança para seu primo, também de 5 anos.

Minha lição pessoal e intransferível:
Minha Sofia á mais ligada e complexa do que normalmente imagino.