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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Mediação para quem tem Tempo Livre


Entre os romanos, o trabalho para sustentar a vida era identificado à palavra negócio, literalmente, negação do ócio. O ócio significava, para os antigos, a forma nobre e digna de ocupar o tempo livre com o lazer, a arte do governo e a reflexão. Enquanto isso, as atividades relacionadas diretamente com a sobrevivência material ficavam a cargo dos escravos, cujas funções eram consideradas desprezíveis.
Fonte:  MEC

Chegamos ao segundo encontro da mediação. Um dos mediadores teve um problema de saúde e a mediadora nos ofereceu a possibilidade de não fazermos o encontro, se sua partcipação fosse julgada essencial
Pensei: "Sei que é importante. Mais um olhar poder ter um bom efeito como inbidor de comportementos da mãe da Sofia". Enquanto pensava isto um calafrio de correu o corpo. 'Ela vai aproveitar para evitar esta sessão". Rapidamente inclinei-me dizendo que via como importante a participação do outro mediador, mas que não faria sentido interrompermos o esforço de diálogo.
Com um acesso de cabeça da outra parte minha pressão arterial começou a baixar. :-)

Cada um de nós ficou com a tarefa de trazer uma lista de itens para negociarmos.
Ela tinha 3 folhas, com uns 10 itens por folha, aproximadamente.
De ida à médica até a necessidade de dividirmos igualmente o período no qual a Sofia fica sem escola e ainda traalhamos, alguns dias antes do Natal.

 Por quase duas horas discutimos os pontos apresentados pela mãe. Um festival de irrelevâncias, de reafirmação do óbvio que já é rotina e de algumas esquivas. Fui orietado a valorizar os pontos apresentados e segui esta orientação. Talve com um empenho superior ao necessário. De relevante mesmo apenas seu iteresse em mudar a Sofia de escola. Ah, aquela escola...

Eu tinha 3 itens. Tive que aumentar muito a fonte para cobrir uma pequena área da folha. Algo exatamente assim:
Pontos para a Mediação
  1. Ampliação da convivência entre a Sofia e o Pai.
  2. Gestão conjunta dos recursos financeiros da Sofia e seu uso
  3. Determinação de um processo de tomada de decisão
O tempo já terminava e notei o interesse da mãe de nem ao menos comentar as minhas propostas. Com a pressão aplicada ela não encontrou saída.
Explicou que uma mudança na rotina da criaça poderia ter um impacto muito negativo. Desta forma ela era contra o item 1.
Expliquei que a equação para prestação de contas seria: Recursos da Sofia - Gastos Comprovados = Sobra Mensal.
Se sobreasse dinheiro seria depositado numa poupança da Sofia, se faltasse, metade do valor seria depositado por mim na conta da mãe.
Após ouvir isto não se manifestou sobre o este ponto.
Sobre o terceiro ponto disse que a única forma de lidar com a discordância seria o imobilismo, ou seja, que nada fosse feito.
Expliquei que seria necesário que ela pensasse sobre esta questão, pois estava claro que ela tinha sido surpreendida. Tal proposta não se sustentaria na rotina real.
Com um cenário de pouco equilíbrio, encerramos o encontro: Duas horas versus 10 minutos.

No meio ela me pergunta quais eram os 3 processos que eu abriria contra ela.
Sugeri que ela observasse quantos pontos eu trazia para a mediação.

Arrastada para a mediação sob ameaças ela não tinha muita substancia a propor, mas ficou finalmente claro o motivo de estarmos lá.

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