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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Amor com Pavlov

Num famoso livro de recente sucesso eu achei a definição de amor:
"Amor é aquilo que o amor faz"

Trata-se de uma coincidência cosmológica.
Estava lendo o livro quando a Sofia foi concebida. :-)

Neste sentido, amor pode ser.
  • Beijar pela manhã
  • Pegar na mão.
  • Cobrir de elogios
  • Brincar com a criança
  • Satisfazer suas necessidades
  • Dizer que se o lobo chegar você a protegerá
  • Escolher roupas com a criança,
  • Assistir desenhos
  • ...
Amor pode ser apenas tudo de bom.

Pavlov entra pela porta
Basicamente trata-se de premiar os comportamentos desejados e punir os indesejados.

Premiação
Se você ainda não estabeleceu um padrão de elogios, é tempo de investir sério nisto.
Elogie:
  • o sorriso pela manhã
  • a alimentação comida
  • a alegria da criança
  • a organização da cama
  • como ela está bela
  • toda e qualquer característica e comportamento desejável
Punição
O comportamento errado não pode permitir a percepção da possibilidade de ganho.
Neste ponto a minha visão abraça a intransigência.
Uma criança não deve ser exposta à incrível capacidade de um adulto relativizar.
As mensagens devem ser claras e objetivas.
Não pode colocar o dedo na tomada e pronto.
Por que faz mal. Por que machuca.
Não existe espaço para considerações das condições onde poderia ou que não faria mal. Guarde este impulso para alguns anos no futuro.

Transgrediu?
Não pode obter ganho. Nenhum, em nenhuma hipótese.
O comportamento errado não pode permitir a percepção da possibilidade de ganho. Note que estou repetindo aqui.

Como percebi quando estava certo?
Sofia fez uma "Pirraça Monstro".
100 minutos de choro sem motivo, apenas por que foi contrariada.
Sentei, segurei-a no colo e mantive a serenidade todo o tempo. Eu não cedia e nem ela.
Ela cedeu.
Duas semanas depois... (Futuro post muito rancoroso sobre o descompromisso do judiciário com a lei e seu forte apego ao próprio conforto)
Ela ensaiou uma pirraça dentro do banheiro.
Didaticamente eu repeti as mesmas palavras, o mesmo comportamento, com o mesmo tom sereno de voz e ela cedeu em 5 minutos.
Quando a criança desconfiar que não vai ganhar ela não força. Se força é porque acredita na vitória. Se acredita na vitória com muita frequência, a culpa deve ser tua. Corrija.
O fundamental aqui é abrir o ritual do diálogo, antes, durante e depois.
Futuros posts:

Quando percebi que tenho que ser melhor do que sou
Estávamos jogado Monopoly Streets, eu e o Enzo.
A Sofia se aproximou e sentiu afinidade pela Menininha, jogada pelo computador.
Cheguei a, sem muita importância, alertar que a menininha perderia a qualquer momento.
Passados uns 5 minutos isto aconteceu e a cena da derrota, um prédio desmoronando com a Menininha triste na frente, chocou a Sofia.
Sofia se afastou chorando e eu vivi uma crise de 5 segundos.
É um absurdo ela chorar por causa disto, mas ela não chora por nenhuma motivação de ganho. E agora? 5 segundos de crise profundamente angustiante. Lembre-se Sofia chorava um choro autêntico.
Parei tudo e fui reconfortá-la.
Conclusões:
  • Quem define qualidade é o cliente. Maior esforço futuro para tentar ler o mundo com seus olhos.
  • Os critérios de uma criança de 3 anos não são os mesmo que os de um "cavalão como eu".
  • Tenho que me esforçar mais para entender minha Princesinha. Mantendo a visão externa dos eventos

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