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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Como Fazer uma Proposta

Negociação
"A negociação pode ser praticada tanto para resolver questões pessoais, como para questões profissionais, em ambientes políticos, comerciais, diplomáticos, institucionais, gerenciais, jurídicos, trabalhistas, de libertação de reféns, entre outros."
Fonte: Wikipedia

Vamos tentar localizar isto no tempo. A ida para os EUA já estava definida, mas a participação da sofia ainda não.
Como conduzir um conversa com grande potencial de fracasso?
Configura-se, desta forma, mais uma situação onde corre-se o risco de flertar com a insanidade. Dois pontos a refletir:

A sensação de estar certo não é uma boa companheira
Não é possível acreditar que alguém posicione-se de forma tão aberta contra os interesses de uma criança. Este sentimento é ruim, pois tem o poder de te tornar inflexível. A convicção de estar certo não é uma boa companheira em todos os momentos. Assistir isto, certo que é tudo absurdo, é um problema contínuo.

Problema e Fato
Problema é o que se resolve. Fato é aquilo que aceitamos.
Primeira Proposta
Confundir os dois pode produzir um alto custo emocional.
Fiz uma lista dos argumentos que poderiam ser usados contra o estudo da Sofia nos EUA.
Cada item, dos mais variáveis níveis de razoabilidade, foi avaliado, respondido e ajustado visando o maior conforto possível da criança e da mãe. Umas 4 pessoas participaram deste processo que se arrastou por 5 dias.

A Ética da Negociação
Uma vez um amigo compartilhou comigo sua visão sobre eleição e objetivos sociais.
Eleição é uma coisa, governar é outra. Só muda o mundo quem governa. Não misture-as, mesmo dizendo publicamente que é tudo a mesma coisa.
Sempre entendi e respeitei esta abordagem, resultado da extrema credibilidade do meu amigo, mas também sempre me incomodou. Entendo que no conflito entre a minha consciência e o bem estar de quem dorme na calçada, define-se um ponto complexo. O que é mais importante. Tirar o cara das ruas ou eu dormir sem problemas de consciência. Qual deve ter sido a escolha do José Dirceu?

Vários pontos podem ser relegados para negociações futuras. Qualquer manual de negociação ensina, que uma vez avaliada um a proposta razoável, você deve reservar este pontos para avançar no "campo de consenso". Optei por ignorar isto. Todas as ideias que agregavam foram incorporadas. Não tínhamos muito tempo e preferi manter uma diálogo aberto. Ouvi criticas sobre esta minha decisão, mas no final, como eu sou o responsável, eu decido.

Decartes nos ensinou
Divida o grande problemas em pequenos, solucione-os e junte tudo.
Fui por aí. Uma longa lista de situações, ganhos e vantagens focados no desenvolvimento da Sofia foram listados e estudados.
Sobre a mãe uma primeira lista, não discutida diretamente, de problemas foi formulada. Desta lista um conjunto de ações para mitigar a rejeição surgiu. Esta lista sim, incorporada à proposta veio, de forma discreta sendo incorporada. Usei sendo, pois apesar de estar tudo visível desde o primeiro contado, seu detalhamento se fez com a participação da mãe. Cada ponto levantado por ela estava previsto ou foi primorado.

Toda a engrenagem rodava, mas como já sabia, existe o Paradigma do Judoca Nu.
Consegui conduzir a plenária para um espaço com dois mediadores e um observador.

Para fechar rapidamente
  1. Frechamos duas propostas bem razoáveis
  2. A mãe foi pensar em casa e voltaria com uma escolhida
  3. Voltou com o aviso que não existiria mais diálogo e acabou
Lições Aprendidas
...
A pequena já perdeu 30% do que existiria para ela. Não existe proposta boa, ou negociação razoável, se o sistema não premia o bom comportamento. Se o sistema não se respeita como sistema e abandona a defesa seu próprio discurso do "Melhor para o Menor".






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