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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Genitor, Pai, Pária e Papai

Por que contrariar a expectativa geral e ser Pai?
O mapa do Caminho

Por Etapas:

Genitor
Um casal normal, com comportamento mediano.
Eu não queria ter filhos, minha mulher era... uma mulher.
Nunca esboçou um interesse claro neste assunto.
Casamento é sociedade. O fundamental é o esforço de ambos em estabelecer situações "Ganha-Ganha".
Como as pessoas são diferentes é importante que as diferenças sejam ponderadas no equilíbrio dos acordos.
Considerando que:
  • o homem pode muito bem mudar de ideia aos 70 anos e
  • aos 40 já é um risco considerável para a mulher e para a criança.
Eu propus o seguinte acordo:
Se ela quisesse eu topava, até seus 36 anos. Após isto adoção.
Aos 35 ela decidiu.
Não foi sem angústia para mim, mas eu cumpro os meus acordos.
E entrei nessa. Não dá para ser Flamenguista "meia-boca".
Ela sempre esboçou um boa instabilidade emocional e eu senti a decisão como uma fuga, um pedido de ajuda. Casamento é casamento, amava a mulher e não romperia um acordo baseado em tão pouco.
Passamos um período do tipo:
"Corra para casa que eu acho que estou ovulando"
Mas curto o suficiente para não danificar a minha auto-estima.
Sofia Nasceu. Virei o Genitor.

Pai
Minha sogra chegou junto no primeiro mês.
A mãe, funcionária pública, conseguiu ficar em casa por um ano.
Até a separação eu entendia isto como uma ótima coisa. Minha mulher explicou que, provavelmente, foi o fim do mundo.
Falou sobre um mito da maternidade feliz e satisfatória que apenas serve para oprimir muitas mulheres. Verifiquei a informação com outras mulheres. É, eu estava errado. Tem mulher por aí que sofre horrores e parece que este grupo não é pequeno.
Indiferente a isto, no primeiro ano a mãe da Sofia era mãe em tempo integral. Eu achava que ela estava feliz. Parece que não.
Quando ela voltou a trabalhar as tarefas vieram migrando, suavemente, para mim:
  • O café da manhã passou para mim.
  • Leva-la para creche era atividade minha, com coberturas excepcionas por parte dela. Pegar era com ela, com coberturas excepcionas por minha parte.
  • Adotei a brincadeira antes de dormir, uma rotina que passou a me fazer chegar cedo em casa e a especializar-me em Lego.

Pária
Sofia com um ano e nove meses de idade e a mãe pede separação.
No passado, por trauma meu, tinha deixado claro que não lutaria por um relacionamento emocionalmente em crise.
Se temos um problema, devemos dialogar. Se entrar em crise, eu saio.
Não consegui bancar esta posição.
Fiquei em casa por mais duas noites.
Chamei para conversar por mais dois meses.
Ok, perdi.
Lancei como Custo Afundado e bola para frente.
Vale destacar que sua reconhecida instabilidade neste ponto não se manifestou.
Apesar de uma pequena e breve vacilada, ela foi bem coerente todo o tempo. Desejava a separação. Ela sabia o que queria.

Seis meses depois, namorada, enteado, vida seguindo, Sofia integrada. Tia Carla para um lado, irmãozinho para o outro...A mulher surta.
Muito bem suportada por um judiciário irresponsável, que premia sua beligerância.
Constituição, isonomia, leis, ECA, o melhor para o menor, nada vale nada.
Uma estrutura que visivelmente não transitou do Republicano para o Democrático. É um feudo, pago com os meus impostos.

Mulher insana, criança pequena, judiciário irresponsável...
De convivência diária, a criança de 2 anos, passou a ver o pai a cada 15 dias.
A menina surtou, mesmo. Com direito e ter registro no caderno da creche sobre a imprevisibilidade de seu comportamento. Registrado pela mãe e pela professora.  Quanto ao judiciário?......
Pai Pária. Se aqui isto é assim, imagine na Jamaica.

Papai
Ouvir o gritinho fino:
"Papai, acabei."
Não faltam estudos indicando os resultados da criação de um filho sem o Pai.
Banquei o projeto filho, então é isto.
Sem dúvida a mãe tem o poder de dificultar muito as coisas, mas continua sendo minha a responsabilidade. E ela faz. A insanidade dela não pode se transformar na minha desculpa.
Todo dia é um novo desafio e vários prazeres conhecidos.
  • Me abraça, papai.
  • Me beija, papai.
  • Conta estorinha para eu dormir.
Fui filho de pais separados.
Fui, na verdade, um filho abandonado pelo Pai.
Está certo que minha mãe, em termos de Alienação Parental, bebia enxofre e cuspia fogo. Juntou com o meu pai, que já não era grande coisa...

Não gostaria que a Sofia passasse por parte do que eu passei.
Não suportei a imagem de ser o responsável por parte disto.

Entre os pontos positivos e negativos, não deixarei a Sofia na pista.
Sou Cosme, Pai de Sofia.

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